Quando penso, escrevo, quando sinto, falo, mas quando quando escrevo o que sinto...

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Soneto das coisas que não aconteceram

No meio das marés da vida
Fui pego por tal correnteza
Dentre todos possíveis desfechos
Acabei me tornando uma mentira

Sou aquele celebrado em silencio
Escondido e sorrateiro, vivo 
Furtivas alegrias, momentos mais belos
Que ninguém poderá testemunhar

Tudo aquilo que de melhor tenho em mim
Guardo em segurança, longe demais
Ou em condições proibitivas

Tudo que mais contentamento me trás
É sigiloso, é enganoso, se não ilusório
Não questione, pois negarei sempre.


Confissado em 22/06/2017