Quando penso, escrevo, quando sinto, falo, mas quando quando escrevo o que sinto...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cor e essência

Devora ti mesma, ó negra alma
Como um bruto despetala uma flor
Suga das entranhas profundas
A oscuridade no estado de catarse
Do negrume de seu sofrimento
Tira força, lasca o espinho
Penetra a pele, contorce a carne
Maquia sua dor com belos risos
Enaltece sua beleza com frívolias
Belas jóias montam tua mascara

Devora a ti mesmo, ó rubra flor
Na delicadeza de tamanha ira
Teus gracejos são provocantes
Pulsa forte, passional semblante
Tão plenos, anseios delirantes
Ah desejo revigorante, etéreo
Interação vicia, tanto que queima
Em teu seio, envolvente e débil
Inocente beleza é contagiante
Na gentileza conquista, pureza

Devora a ti mesma, flor de alva alma
Emana maturidade inocente
Frágil vaidade, rosto todo corado
Eterna é tua aura de bondade
Encanta até a maior rispidez
Amolece as mais rígidas pedras
Lamento calado, abraço apertado
Calor é intenso, ascende do peito
Queima forte não fere, é sereno
Surpreende, de tão terno que és


Composto em 05/05/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário