Quando penso, escrevo, quando sinto, falo, mas quando quando escrevo o que sinto...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Balada primaveril


Atravessam os raios do sol o horizonte,
Do leste levanta ó majestoso astro,
Aquece a vida que verdeja,
Ilumina a terra que regojiza.

Por toda sua extensão podemos ouvir os sons que ressoam,
As savanas rugindo, as florestas a farfalhar,
O assovio nos ventos da tundra,
As planícies uivando e os silvos do cerrado.

Florescem nos campos as urzes e os narcisos
Nos jardins crescem os napelos e os licotonos
Agitam-se as abelhas, pelos teus doces, polinizam,
E as borboletas voam pelo teu néctar.

Bem aventurado ó beija-flor
Que da doçura de tal liquido desfruta,
Como a leveza desse beijo, o beijo que beija
O beijo que beija os lábios da flor.

Tudo entra em movimento, o vento sopra
As águas mareiam, o núcleo pulsa,
Pulsa forte, como o coração, pulsa intenso,
Desperta a terra adormecida em seu leito cósmico.

Te agita ó mar, tuas as ondas quebram bem altas,
Espiralam as tartarugas em seu nado interminável,
A maré sobe e desce dançando continuamente,
A dança da vida tem como palco tuas águas.

Sopram os ventos e as aves cantam,
Assovia o sabiá, chilreia o melro e grita a águia,
A brisa leve leva suas mensagens através de suspiros
E carrega as dandelions para longe em seu soprar.

Lua, ó grandiosa dama vestida de branco,
Teus raios clareiam a noite escura, teu reflexo,
Teu reflexo guia o caminho dos que se encontram,
Sob tua graça amam os perdidos em teu encanto.

Escrito em meados de Setembro de 2012

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